Nascido em França, formado no PSG (onde foi o primeiro jogador com contrato de longa duração), mas um transmontano de gema, que até abdicou de mais de 30 mil euros em salários em atraso no Chaves. Tony Careca foi um personagem no bom sentido do futebol português, mas é para o ‘seu’ Desportivo que guarda os maiores sonhos.
O futuro está na formação azul-grená
Em entrevista à Rádio Alto Tâmega, o antigo lateral definiu as metas que mais desejava atingir ao serviço dos transmontanos. “O meu sonho, se me saísse o Euromilhões e o senhor Francisco me vendesse o clube, era fazer do Chaves um Athletic Bilbao de Portugal”, disse, referindo o clube basco que apenas contrata jogadores oriundos da região ou formados no clube.
Fora desses sonhos menos realistas, traçou o objetivo de voltar a casa um dia para “treinar o Desportivo de Chaves”. “Neste momento, não é ideal. Quando o Chaves não ganha fico f*****. Eu amo o Desportivo e um dia gostaria de treinar a equipa principal ou, se houvesse um projeto de formação, gostaria de ver o clube com mais jogadores da terra”.
Um plano a longo-prazo, como traçou o luso-francês: “Tinha de ser um trabalho feito em dez anos, mas com continuidade. Com os jogadores a passarem de ano para ano.”.
E por falar em formação, Tony Careca lamentou o pouco aproveitamento de jovens flaviense, questionando se “os jogadores vão ter a oportunidade de se mostrarem a equipa principal?”, referindo que “tirando o Mika Borges, os jogadores não tiveram oportunidades” no tempo da antiga equipa satélite.
A chegada “por amor” ao GD Chaves
O antigo camisola 16 recordou a chegada pela primeira vez aos flavienses. “Apareceram quatro clubes: a equipa B do Porto, equipa B do SC Braga, equipa B do Benfica e o Chaves”, apontou, sublinhando que veio “por amor. “Podia ter ganho mais dinheiro noutros lados, mas [o Chaves] fazia todo o sentido.”
Desses tempos recorda o muito orgulho por jogar de azul-grená, mas também as dificuldades financeiras, com alguns jogadores a passarem fome e a terem de ser ajudados por Francisco Carvalho. Mas os salários em atraso levaram a uma decisa algo louca: “o Chaves tinha uma dívida comigo de 34 mil euros e eu perdoei tudo. Fui o único jogador que não levou o clube a tribunal. Há quem diga que sou maluquinho”, riu-se.
A última época pelos flavienses aconteceu em 2004/2005 e acabou de forma dramática: “No fim descemos de divisão em Alverca. Foi um dos dias mais tristes da minha vida. Vim de Lisboa até Chaves a chorar”, recordou.
A mágoa de não ter pendurado as chuteiras no Municipal
Tony deixou o Municipal aos 25 anos. O sonho era regressar a casa, mas o objetivo nunca foi atingido. “Esperava terminar a carreira no clube que eu amo. É uma mágoa que tenho comigo, com mais ninguém. Na altura só não acabei cá no Chaves por causa do treinador. Sem ressentimentos, até acabam por subir esse ano com o Vítor Oliveira.”
A decisão deveu-se ao plantel já estar fechado com os laterais Mike Moura e Tiago Almeida. E assim não pôs regressar ao Municipal, onde só apareceu como adepto: “Sempre fui atrás do Desportivo. Fui ao Ribeirão, ao Tirsense, quando o Chaves estava lá em baixo. Nunca abandonei o Desportivo de Chaves, o amor tem destas loucuras”.
Regresso a Chaves pela porta dos juniores
Terminada a carreira de jogador, passou a ser treinador adjunto no Académico Viseu e Freamunde até ser técnico principal na AD Oliveirense, Bragança e Vilar de Perdizes, até reentrar em casa pelos juniores dos Valentes Transmontanos.
“Foi um período curto, porque apareceu uma proposta irrecusável [seleção dos Camarões], mas foi o momento onde senti mais prazer em ser treinador. Estava no clube que amava, tinha um diretor comigo que dificilmente irei encontrar outro que apoiasse tanto o treinador. Tínhamos uma equipa fantástica, Liberal, Botelho, Gonçalo Vidazinha…”
A passagem foi rápida, mas deixou marca: “Faço cinco jogos, quatro só com goleadas e um empate com o Amarante. Estávamos encaminhados para subir”, concluiu.
DAR UMA OPORTUNIDADE A TONI
O Tony Idolo Transmontano, “Valente Guerreiro Transmontano”, tem em Mente um Sonho, que merece a Bênção de Deus, pois tornar o Nosso Desportivo ” Bilbao Transmontano”, é um Colossal Projecto dignificando a Nossa Região do Alto Tâmega.
Merece todo o Nosso Apoio, sendo um Espectáculo Impar rececebermos os ” Clubes ditos Grandes”, com uma Equipa Totalmente Constituida com Atletas Transmontanos, assim como todas as Camadas Jovens, sendo-lhes
Impregnado no Sangue “SER TRANSMONTANO”.
Penso também assim, por Meu Querido me ter tornado SÓCIO em 27 de Setembro de 1949, data da Fundação do Lindo Desportivo, tendo eu nascido em 1 de Fevereiro de1949 e neste momento ser Sócio n°11.
Muita Saúde para si e Família.
Um Grande e Amigo Abraço.