Fonte: GD Chaves

 

28 de novembro de 2020. Nesta data, o futebol português perdeu um dos melhores treinadores de sempre. Vítor Oliveira, que tantas alegrias deu aos adeptos de tantos clubes nacionais, deixava esses mesmos fãs de luto, pela perda de um dos mais emblemáticos nomes que passaram pelos bancos deste país.

 

A longa e gloriosa carreira do técnico levou-o até Trás-os-Montes em 2015/2016. Depois de subir o U. Madeira – numa dramática última jornada que deitou o GD Chaves para fora da zona de subida – Vítor Oliveira assumiu o comando do Desportivo, numa aposta de peso para tentar o regresso à Primeira Liga.

 

 

“Um Desportivo de Chaves forte que responda aos anseios de uma região”, foi esta a promessa de Vítor Oliveira ao chegar a Chaves. Sem falar na subida, mas com um currículo que falava por ele. As aspirações dos adeptos nunca estiveram tão altas, com a esperança na época de sonho que devolvesse os Valentes Transmontanos à Primeira Liga.

 

Nesse verão de 2015, o Desportivo perdeu vários nomes sonantes depois da subida falhada, mas construiu um plantel forte, do calibre do novo timoneiro flaviense: Fábio Santos, Nélson Lenho, Assis, Diogo Cunha, Luís Silva, Braga e Sandro Lima foram alguns dos heróis que passaram a vestir de azul-grená.

 

Desde cedo o GD Chaves caiu nas taças, mas o foco de todos estava no campeonato, com os flavienses a assumirem uma posição forte na luta pela subida, em competição com o Feirense e Portimonense. Até que chegou aquela manhã em Portimão.

 

Penúltima jornada do campeonato. O Desportivo só precisava de um empate para garantir a promoção. O Portimonense precisava de ganhar. Num jogo típico de decisão, nem sempre bem jogado, o GD Chaves abriu o marcador através de um auto-golo ainda na primeira parte. Já perto do minuto 90, um penálti restabeleceu o empate, que se aguentou até ao fim e terminou com festa rija flaviense.

 

Vítor Oliveira celebra a subida à Primeira Liga
Vítor Oliveira celebra a subida à Primeira Liga

 

Vítor Oliveira acabara de conseguir a nona subida na carreira e levou o Grupo Desportivo de Chaves de regresso à Primeira Liga 17 anos depois. Um sonho cumprido para os adeptos transmontanos, com o dedo de um dos melhores técnicos que passaram pelo futebol português. A competência, conhecimento e simpatia do “Rei das Subidas” deixou-o para sempre no coração dos flavienses, nos 50 jogos em que esteve ao leme da nau azul-grená.

 

28 de novembro de 2020. Durante uma caminhada, Vítor Oliveira sente-se mal e acaba por falecer. Nesse dia, o Desportivo de Chaves perdeu um dos treinadores mais queridos da massa associativa. Um técnico extraordinário que cumpriu o sonho de uma região. Os Valentes Transmontanos e o futebol português perderam um rei… o Rei.

 

Até sempre, Vítor Oliveira. Obrigado pelas memórias.



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