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Desportivo saiu da última deslocação à capital com uma derrota pesada em pleno estádio da Luz, com muitos erros individuais e coletivos à mistura.

 

 

Terceiro jogo fora contra um dos ditos “grandes” do futebol português, terceira goleada sofrida. O sistema tático de Luís Castro parece estar bem adaptado para jogos contra adversários diretos, mas peca por escasso quando jogamos contra equipas de qualidade bastante superior à do Chaves.

 

 

A partida no estádio da Luz marcava duas coisas para o Desportivo de Chaves: era o último jogo fora de portas contra um dos candidatos ao título e era, também, o último jogo a realizar fora da zona norte esta temporada. No entanto, os flavienses não conseguiram premiar os muitos transmontanos que residem e Lisboa e acabou por cometer os erros do costume, tal como aconteceu contra Porto e Sporting.

 

 

Crónica do Jogo

 

 

Antes do jogo, Luís Castro apontou que secar Jonas e não sofrer antes dos 20 minutos eram prioridades e os jogadores acabaram por conseguir a proeza de estar a perder por 2-0 antes dos 20 minutos com dois golos do avançado brasileiro. A quantidade de vezes que se antecipou aos jogadores do Chaves foi absurda e mostrou algo que se temia antes da partida, que era a defesa azul-grená fazer uma exibição paupérrima como aconteceu contra o Vitória SC.

 

 

O primeiro golo tem Jefferson como culpado claro, já que o trinco do Chaves em vez de aliviar a bola acabou por fazer um passe para um jogador local, a bola acabou em Jonas que fez, verdade seja dita, um grande golo sem hipóteses para António Filipe. Jefferson acabou por ser mesmo o pior jogador do Desportivo em campo, sempre a ceder espaço, atrasado no acompanhamento aos adversários e se compararmos a forma como Fejsa secou William com a forma como Jefferson defendeu, percebemos bem a diferença entre um bom e um mau trinco.

 

 

A defesa flaviense facilitou outra vez nem seis minutos depois, com Salvio a ter espaço dado por Djavan para meter a bola no meio da área onde apareceu, novamente completamente liberto, Jonas a bisar. O acompanhamento aos jogadores do Benfica foi ridículo, com Domingos Duarte a marcar o vazio e a deixar Jonas com espaço e Jefferson a ficar completamente a ver navios quando Pizzi desmarcou-se dentro da área, acabando por deixar a bola para o avançado brasileiro.

 

 

A primeira parte foi bastante fraca do Chaves e a segunda parte começou com a última machadada nas nossas aspirações. Mais facilitismos, pontapé de fora da área de Pizzi e António Filipe a defender para dentro da baliza, num lance em que é muito mal batido, apesar de ter sido dado espaço mais que suficiente para o jogador do Benfica atirar de longe, algo que ele sabe fazer muito bem.

 

 

De resto, o Desportivo nunca conseguiu incomodar o guarda-redes local e apenas rematou uma vez à baliza, durante a primeira parte. Apesar do resultado menos volumoso, esta partida foi um enorme dejávu do que tinha acontecido em Alvalade frente ao Sporting.

 

 

Análise ao Desp. Chaves

 

 

Este jogo colocou os pontos nos i’s no que toca à forma de jogar do Luís Castro: é excelente contra equipas do meio da tabela, mas a jogar fora contra equipas do top 5 não se produz quase nada. Contra Benfica, Sporting e Porto provou-se isto, tal como nas deslocações a Braga e Guimarães, onde o Chaves fez exibições penosas esta temporada. O problema do trinco é real nestes jogos mas não é só dele o problema já que, contra o Sp. Braga, jogou Filipe Melo e a equipa continuou aquém das expetativas mas, no entanto, percebemos também que o Jefferson não tem capacidade para ser titular contra 5 dos 18 clubes da Primeira Liga e nós precisamos de alguém a tempo inteiro nessas posições.

 

 

Outro problema foram os extremos, mais precisamente Jorginho. O jovem extremo mostrou, como já tinhamos dito anteriormente, que se perde em campo muitas vezes e, desta feita, não por medo de “mostrar os dentes” mas por se perder nas jogadas ao enfrentar os jogadores do Benfica, em vez de dar a bola aos companheiros. A entrada de Perdigão na segunda parte, diga-se, não fez assim tanta diferença, mas o brasileiro acompanhou bem melhor Paulinho e permitiu que a equipa não tivesse um buraco na ala direita.

 

 

Apesar destes problemas evidentes, não parece que haja necessidade de ir ao mercado contratar jogadores já que apenas temos um jogador lesionado e temos cobertura para todas as posições. Sendo assim, é aproveitar o Filipe Melo para o Jefferson parar um bocado, ainda por cima estando ele debaixo de fogo por parte dos adeptos, e ir gerindo a equipa em busca de um lugar no top 10 esta temporada, até porque temos qualidade para isso.

 

 

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