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O Desportivo desloca-se a Lisboa na tentativa de bater o recorde de jogos seguidos sem perder, em duelo da 19ª jornada.

 

Uma semana depois do épico jogo contra o Vitória SC, o Grupo Desportivo prepara-se, agora, para a primeira grande deslocação da 2ª volta, indo ao terreno do atual campeão nacional Benfica.

 

Este jogo adivinha-se histórico para o conjunto comandado por Luís Castro em caso de não perder: se evitar o desaire, o Chaves bate o recorde de jogos consecutivos sem perder na Primeira Liga (atualmente oito, durante a temporada 1989/90), além de poder voltar, 27 anos depois, a roubar pontos a um dos ditos grandes fora de casa.

 

Nuno André Coelho de regresso?

 

Para já, e falando de futebol, a semana fica marcada pela ausência de Domingos Duarte dos treinos do Desportivo. O central lesionou-se no último jogo e provavelmente não joga frente aos lisboetas, apesar de ter sido convocado. Para a Luz, o veterano Nuno André Coelho pode voltar à titularidade após uma lesão de longa duração, que permitiu Maras e Domingos formar uma dupla sólida no centro da defesa.

 

Se NAC voltar à titularidade, penso que os adeptos estarão apreensivos quanto a duas coisas: se a lesão afetou muito a mobilidade do central e se o jogador acabou por perder completamente o comboio em relação aos colegas de equipa. Não há uma resposta que se possa dar por enquanto, só vendo o que ele dá dentro de campo, mas a verdade é que o NAC  já nos deixou mal em várias ocasiões, quer pela sua lentidão, quer pelas suas constantes escorregadelas no relvado. No entanto, o último grande jogo do central no onze, precisamente contra o Benfica, deixou boa réplica e chegou a evitar um golo certo dos benfiquistas com um corte em cima da linha. Além disso, está mais que habituado a jogos grandes, depois de uma carreira onde passou por Sp. Braga, FC Porto ou Sporting.

 

A ver vamos o que nos espera dos centrais mas, se no ano passado na Luz, demos boa réplica e jogámos “que até chateia” e com uma defesa que contava com Pedro Queirós, NAC, Massaia e Lenho, então agora devemos conseguir muito mais com a qualidade de Paulinho, Maras e Djavan.

 

O substituto de Matheus Pereira

 

Sobre a segunda baixa do plantel, por suspensão, fizemos uma votação no Twitter da Comunicade Azul-Grená sobre quem os adeptos achavam que devia ser titular. Sem muito por onde escolher (Matheus está indisponível e Hamdou é emprestado pelo Benfica), os adeptos flavienses votaram em maioria na titularidade de Perdigão na extrema direita do ataque dos Valentes Transmontanos, relegando Jorginho para o banco.

 

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O extremo brasileiro acaba por ser a escolha segura para Luís Castro, sendo um dos jogadores com mais anos de casa e um dos extremo mais regulares do Desportivo de Chaves na época passada. Esta época apenas fez 10 jogos, contabilizando 402 minutos com a camisola azul-grená. Além disso, foi um dos jogadores a cumprir os 90 minutos no último jogo do Chaves no estádio da Luz.

 

Já Jorginho tem toda uma escola de qualidade no colosso mundial Manchester City e, depois de fazer uma meia época de bom nível no Arouca, saiu para os franceses do Saint-Etienne, onde fez apenas 7 jogos e 1 golo. Agora no Desportivo, não conseguiu cimentar-se no onze de Luís Castro e acaba por ser mais usado como uma opção para rotação. Conta 14 jogos esta temporada pelo Chaves, que prefazem 567 minutos de jogo, marcando um golo.

 

O que esperar do Benfica

 

Atualmente na 3ª posição da Primeira Liga, os atuais campeões nacionais vêm de uma muito motivadora vitória frente ao Sp. Braga, numa das deslocações mais complicadas que os lisboetas tinham de realizar esta época. No entanto, temos assistido a algumas lacunas do Benfica, principalmente na defesa: a lateral direita foi muito mal reforçada e é, provavelmente, a posição mais fraca da equipa; os extremos também não são o ponto mais forte do clube da Luz, não por falta de qualidade, mas por inconsistência e uma das alternativas mais confiáveis (Zivkovic) parece ser carta fora do baralho de Rui Vitória; O guarda-redes também é um ponto fraco na Luz, que não conseguiu reforçar devidamente a posição depois da saída de Ederson, com Varela e Slivar a ter vários erros no cartório ao longo da temporada.

 

Por fim, a zona central da defesa encarnada está particularmente fragilizada esta temporada, já que os lisboetas não rejuvenesceram a posição com opções de qualidade. Luisão está a caminhar a passos largos para a reforma, Jardel está na pior forma desde que chegou ao clube e as alternativas, Rúben Dias e Ferro, são demasiado jovens e ainda falta ganharem muita experiência para ser pedras sólidas na defesa.

 

Com isto, o elo mais forte do Benfica é praticamente o mesmo do ano passado: Jonas. O avançado brasileiro é o quebra-cabeças que tantas vezes salvou o Benfica de desaires esta temporada. Tem a técnica para se livrar dos defesas e aparece no sítio certo, à hora certa com muita regularidade. Além disso, outro elemento que vira o jogo nos encarnados é Pizzi, com o extremo a desbloquear, não poucas vezes, os jogos mais complicados dos lisboetas.

 

Prognóstico

 

Espera-nos um dos jogos mais difíceis do nosso campeonato e, também, a deslocação mais complicada da 2ª volta, já que este jogo marca a última viagem ao reduto de uma equipa do top 5 português. Para este jogo, tudo depende da competência defensiva dos dois lados, já que um golo madrugador vai mandar os planos dos dois lados por água abaixo. Se o Desportivo conseguir chegar empatado ao intervalo, há boas hipóteses de conseguir sair da Luz com um bom resultado e manter a nossa série sem derrotas. Apesar de tudo, sinto que este vai ser um jogo com poucos golos e mais ponderado do que muitos esperam. Posto isto, aposto que este jogo não ultrapassará os 2-1 para quem quer que seja o vencedor que, esperemos, seja o nosso Desportivo de Chaves.

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