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Nem pastéis de Chaves, nem de Belém conseguiram dar emoção a um jogo que parecia ser interessante, acabando por ser um dos jogos mais entediantes da jornada.

 

 

À entrada para esta jornada, falávamos de um grande jogo em perspectiva entre duas equipas que tentam ter bola e não jogam para o empate e ficou provado que não é preciso trazer um autocarro para um jogo ser um valente aborrecimento para os adeptos.

 

 

“Parece um treino”

 

 

A citação vem diretamente de um adepto do Chaves na descoberta e é um resumo fantástico daquilo que se viu no Municipal. Um duelo tão desprovido de criatividade e força ofensiva que mais parecia pré-época, mas vamos por partes.

 

 

A começar, Luís Castro apareceu com um quarteto de mudanças no onze, com a novidade a ser Davidson no lugar de Furlan, sentenciando praticamente o lateral brasileiro para a lista de dispensados para a próxima época. Na baliza esteve António Filipe de regresso ao onze, enquanto Domingos Duarte e Jefferson deixaram Nuno André Coelho e Stephen Eustáquio no banco.

 

 

Toda  a primeira parte foi passada com escassos momentos de mínima emoção, com as duas equipas a não conseguirem estar sequer perto das duas balizas. A primeira jogada a apontar, exluindo uma boa arrancada de Davidson logo aos 10 minutos que acabou por não dar em nada, foi um remate de Matheus Pereira que saiu ao lado do poste do Belém perto dos 25 minutos.

 

 

A primeira parte só não foi a pior coisa que se viu porque o Pedro Tiba cabeceou ligeiramente ao lado da baliza aos 30 minutos numa oportunidade flagrante. De resto? Um cabeceamento sem perigo por parte do Belenenses antes do intervalo. E assim acabou um dos piores espetáculos de futebol disputados no Municipal, com nenhuma das equipas a saber construir jogos com pés e cabeça.

 

 

No segundo tempo lá tivemos mais animação, finalmente, apesar do futebol continuar a ser horripilante. O Belenenses entrou mais ofensivo e foi graças a António Filipe, com uma dupla defesa fantástica, que não ficaram em vantagem desde cedo. Na outra baliza, o William teve uma boa oportunidade na cara de André Moreira, mas não conseguiu marcar.

 

 

Aos 62 minutos tivemos desastre no Municipal, com António Filipe a não segurar um cruzamento e a bola a acabar desviada para golo por Freddy, com mais um golo sofrido pelo Desportivo, que não consegue estar 90 minutos sem sofrer um golo desde o Moreirense.

 

 

O que nos valeu foi o instinto matador de William que conseguiu aparecer na cara do guarda-redes aos 66 minutos e rematou certeiro para o empate flaviense e para o 10° golo do brasileiro na temporada, confirmando a sua época em grande!

 

 

No final do jogo ainda houve uma boa oportunidade para Paulinho conseguir dar os três pontos ao Chaves, mas rematou ao lado.

 

 

A 5 jornadas do fim, já está tudo de férias

 

 

Após o apito final do árbitro António Nobre, os adeptos puderam finalmente acordar após 90 minutos de aborrecimento, ir para casa, tirar a roupa encharcada e pensar “porque raio ainda me dou ao trabalho de ir ao estádio?”. Estamos em abril, faltam 5 jogos para acabar a época mas parece que já está toda a gente a pensar na próxima temporada.

 

 

O treinador já começa a fazer experiências para ver com quem contar no próximo ano, enquanto os jogadores olham para os jogos como se fossem amigáveis de pré-época e os sócios já pensam na habitual Assembleia de fim de época para saber se as quotas vão finalmente ficar mais acessíveis.

 

 

Posto isto, já está toda a gente com a cabeça na lua e, pelo segundo ano consecutivo, somos a primeira equipa a entrar de férias, isto semanas antes de se saber oficialmente quem desce, vence o campeonato ou vai à Europa. Agora passa-se mais tempo a questionar questões fora de campo, como quem fica e quem sai, o trabalho da direção e as entrevistas à imprensa do Sr. Francisco porque, simplesmente, o futebol 2017/18 parece despachado, embrulhado e arrumado numa estante qualquer a ganhar pó.

 

 

Honestamente, que cheguemos rápido ao término da temporada, sócios e direção se voltem a reunir para tentar melhorar o que não esteve bem esta temporada e que possamos entrar para 2018/19 na máxima força, com um plantel cheio de opções para o treinador e com os flavienses a encher as bancadas. Enquanto esperamos, ao menos que saquem uma vitória no Bessa, só pela piada, e aproveitem e tragam o Edu Machado na bagageira como quem não quer a coisa.

 

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