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A classe, a técnica, a finta, o passe, o golo. Todos estes atributos caracterizam João Alves, um dos melhores jogadores de sempre a sair da formação do GD Chaves. O médio brilhou no Desportivo durante seis épocas, deu o salto para a Primeira Liga, jogou em algumas das melhores equipas do país e representou a Seleção Nacional. Um currículo invejável, que começou a formar-se em 1998.

 

Uma estrela saída das camadas jovens

 

João Alves: O Prodígio Flaviense
João Alves (segundo a contar da direita, em cima) pela equipa de juniores do GD Chaves Fonte: Coletivo Transmontano

 

Formado no GD Chaves, João Alves – então apenas tratado pelo primeiro nome – começou cedo a brilhar de azul-grená.

 

A qualidade que mostrou nas camadas jovens levou-o à Seleção Nacional sub-18, mas não chegou a fazer qualquer minuto na conquista de Portugal do Europeu de 1999.

 

Mas voltemos atrás na fita: estreou-se em novembro de 1998 pela equipa principal em pleno Municipal frente à UD Leiria, ao substituir Carlos Álvarez aos 65 minutos. Num ano difícil para os Valentes Transmontanos, que acabaram por descer de divisão, enquanto a carreira do “miúdo” João só cresceu.

 

Da estreia a marcar ao interesse da Primeira Liga

 

João Alves: O Prodígio Flaviense
João Alves (primeiro à esquerda, em baixo) num jogo da Segunda Liga do GD Chaves Fonte: Coletivo Transmontano

 

O primeiro golo de azul-grená chegou em outubro de 2000 – terceira época como sénior – numa vitória na visita ao Felgueiras. Tornou-se titular indiscutível, fez 156 jogos pelo Desportivo de Chaves e marcou 17 golos em seis temporadas. Um talento raro, que lhe valeu a atenção de clubes superiores, com o Benfica a bater à porta dos dirigentes flavienses.

 

Foram várias as propostas que chegaram ao Municipal, numa altura de dificuldades financeiras, até que o SC Braga levou o craque transmontano para o Minho. Mas o negócio foi obscuro: supostamente, o Desportivo ficou com 20% de uma futura transferência e terá ganho os passes de Arrieta, Xano e Quinio, nenhum deles chegou a jogar em Trás-os-Montes em 2004/2005.

 

 

Em Braga ganhou protagonismo na alta roda do futebol português. Marcou quatro golos na primeira temporada, foi chamado por Scolari para três particulares da Seleção Nacional e chegou a ser apontado ao Chelsea de José Mourinho. Acabou vendido ao Sporting por 2,5 milhões de euros. Já o dinheiro da percentagem do Chaves não se sabe muito bem por onde andou.

 

Aventura agrídoce no Sporting e o regresso cancelado a Trás-os-Montes

 

João Alves: O Prodígio Flaviense
Fonte: Facebook João Alves

 

Na primeira época em Alvalade foi aposta regular, com um golo marcado em 22 jogos. Depois, desapareceu, sem antes contar com a conquista da Taça de Portugal no currículo. Acabou por desvincular-se e seguir para o Vitória SC, onde foi estrela durante cinco temporadas.

 

Na reta final da carreira, passou pelo Omonia do Chipre, Académico Viseu e Freamunde, onde pendurou as chuteiras.

 

Mas de uma carreira rica e em que foi um dos grandes bastiões do futebol transmontano, fica uma mágoa:

 

“Faltou-me apenas terminar a carreira no Desportivo de Chaves, foi a maior tristeza que tive” – João Alves, entrevista ao Mais Futebol em 2016.

 

Flaviense de uma ponta à outra.

 

PERFIL DO JOGADOR

 

Nome: João Artur Rosa Alves

 

Data de nascimento: 18-08-1980

 

Naturalidade: Chaves, Portugal

 

Posição: Médio Centro

 

Clubes na carreira: GD Chaves (1998/1999 a 2003/2004), SC Braga (2004/2005 e 2005/2006), Sporting (2005/2006 a 2006/2007), Vit. Guimarães (2007/2008 a 2011/2012), Omonia (2012/2013), Ac. Viseu (2013/2014), Freamunde (2014/2015)

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