Nuno Coelho colocou um final na carreira depois de levar o Desportivo de Chaves à subida de divisão. Em entrevista ao jornal Record, explica que ficou alguns meses parado até perceber que tinha de parar para “não enganar ninguém”.
O antigo capitão dos flavienses justifica a decisão: “Isto aconteceu perto do Natal de 2021, comecei a ter uma dor muito forte no joelho. Ainda aguentei um mês, mas chegou a um ponto em que foi impossível. Fiz tratamentos até ao fim da época e não quis parar. Treinava menos à semana para estar apto ao fim de semana, porque estávamos a lutar pela subida de divisão e sabia a minha importância no grupo de trabalho do GD Chaves.”
Ao olhar para trás, deixa um lamento: “O que me custa mais é o facto de nunca ter tido uma lesão durante a minha carreira.”
“Em junho fui operado e parei durante três ou quatro meses, mas as sensações estavam a ser as mesmas e o joelho estava a ganhar líquido. Percebi que não ia dar e não queria ir para nenhum clube enganar ninguém”, explica.
Tomada a decisão de deixar os relvados, foi altura de comunicá-la aos adeptos: “É algo que custa sempre. Quando cliquei no botão de ‘publicar’ nas redes sociais custou-me e foi algo estranho”, revela.
“Tenho recebido muitas mensagens de colegas e ex-treinadores a dar-me os parabéns pela carreira que tive. Isso ajuda a atenuar a dor deste abandono com o qual não estava a contar. É sempre bom sentir o carinho e o reconhecimento das pessoas em relação a 19 anos de carreira”, conclui o médio, agora com 35 anos.
Nuno Coelho jogou 56 partidas pelo Desportivo de Chaves e marcou três golos com a camisola azul-grená, nas duas épocas no Municipal.