Fonte: Ac. Viseu
Está fechada a primeira volta do campeonato e o Desportivo voltou a não passar do nulo, agora frente ao Ac. Viseu, num jogo onde se viram as fragilidades do plantel flaviense em pleno. A repetir a estratégia do jogo com o Leixões – agora com Bernardo Martins a titular – voltaram a faltar os golos, numa falta de criatividade atroz no ataque do Chaves.
É incrível como o plantel foi tão mal construído. Só há um extremo de qualidade em toda a equipa e esse jogador está lesionado até ao final da época. De resto, é tudo pão sem sal: Sodiq e Wagner acrescentam zero ao ataque, desperdiçam que se farta (Wagner teve o golo nos pés e falhou redondamente) e não sabem passar com qualidade. Já João Correia até tem-se safado como lateral-direito, mas não pode ter o peso todo da construção ofensiva nos ombros, ele não consegue (nem deve) lidar com isso.
Já sair a jogar de trás é uma boa ideia, só que quando se tem a qualidade de passe de Kevin Medina ou Jefferson, a qualidade de jogo desce bastante. Já agora, era para ontem o regresso de Calasan à titularidade, já que o sérvio ao menos sabe passar uma bola.
Como é que, a fazer quase 5 milhões de euros em vendas em janeiro de 2019, chegamos a esta altura sem um único desequilibrador na equipa? Porquê tanto emprestado que pouco dão à equipa? Lembram-se dos tempos em que lamentávamos que os emprestados regressassem aos clubes? Bem, agora suspiramos de alívio por saber que um terço do plantel vai embora de qualquer maneira no final da época. Por agora, chegou Wellington Carvalho, um extremo com problemas de disciplina, mas com bons pés. Vamos lá ver qual das versões é que vamos ter em Trás-os-Montes.
Uma coisa é certa: a ideia de César Peixoto está lá, mas parece que o treinador está a tentar fazer lagosta quando só tem delícias do mar congeladas. Esperemos que certos jogadores acordem para a vida, senão ainda estão bem a tempo de serem recambiados. Se é para produzir pouco, que seja com jogadores da Satélite.
