Arrieta ao serviço do GD Chaves, num jogo frente à Académica

Fonte: Jornal Record

 

Quando se fala em goleadores do GD Chaves, há muitos nomes que nos vêm à cabeça: Radi, Clemente, Barry, William e, inevitavelmente, Ibón Arrieta.

 

O avançado espanhol foi um dos jogadores mais letais a vestir a camisola azul-grená e, em apenas duas épocas em Trás-os-Montes, chegou ao segundo lugar na lista de melhores marcadores da história flaviense, numa altura em que o Desportivo vivia tempos bastante conturbados na tesouraria.

 

Arrieta luta pela bola num jogo frente ao Estrela da Amadora em 2001/2002, no Municipal Fonte: GD Chaves Antigo

 

Comecemos pelo início: Arrieta chegou a Trás-os-Montes na temporada 2001/2002 vindo do Talavera, uma equipa menor de Espanha.

 

O ponta-de-lança tinha pouco currículo na altura, apesar de já ter jogado na equipa B da Real Sociedad, mas nove golos em 33 jogos pelo emblema castelhano convenceram os responsáveis flavienses a contratar o jogador.

 

Não foi preciso muito tempo para ver Arrieta a mostrar serviço. No segundo jogo ao serviço do Chaves, frente ao Maia, o espanhol fez o segundo golo numa vitória por 3-1 dos flavienses e abriu as comportas de goleador durante a temporada. Arrieta foi o melhor marcador da Segunda Liga com 18 golos, que ajudaram o Desportivo a terminar no 5.º lugar, a melhor posição desde a descida em 1998/1999.

 

 

No entanto, apesar da veia goleadora, a temporada não foi fácil fora dos relvados e o espanhol chegou a ter ordenados em atraso. Com os holofotes postos em Arrieta e com o Chaves em dificuldades financeiras, o interesse foi grande no avançado e até o Benfica e Sporting chegaram a sondar o jogador, mas o destino acabou por ser o Sporting de Braga a troco de 500 mil euros.

 

Arrieta com a camisola do Pandurii, da Roménia

 

A estadia no Minho acabou por não ser a melhor e depois de quatro golos em 32 jogos pelos bracarenses, Arrieta estava de novo de malas feitas, já que não fazia parte das escolhas de Jesualdo Ferreira para a época 2003/2004. Assim, acabou por consumar-se um regresso em definitivo a Trás-os-Montes para voltar a vestir de azul-grená e o espanhol reinventou-se no Desportivo de Chaves.

 

O avançado jogou 30 partidas pelos flavienses e voltou a ser o goleador de serviço dos Valentes Transmontanos com 17 golos, números que atiraram o espanhol para o segundo lugar na lista de melhores marcadores da história do Desportivo, a apenas dez do recordista Radi Zdravkov.

 



 

Porém, os problemas de tesouraria continuavam a perseguir o Chaves e Arrieta, mais uma vez, deixou Trás-os-Montes no final da temporada, agora para jogar pelo Estoril na Primeira Liga. Estava finalizada a aventura do espanhol pelo Desportivo e seguiu-se uma batalha pelos salários em atraso que só terminou em 2011, com o Chaves a pagar 19 mil euros a Arrieta.

 

Depois do Desportivo, o espanhol passou por dez clubes no resto da carreira, esteve em Israel, Inglaterra e Roménia, até que pendurou as chuteiras em 2014/2015, com 38 anos, ao serviço do Juventud de Torremolinos, do regional da Andaluzia. Para trás fica uma carreira com muitos golos em Portugal, onde deixou saudades no Municipal Eng.º Manuel Branco Teixeira.

 

PERFIL DO JOGADOR

 

Nome: Ibón Pérez Arrieta

 

Data de nascimento: 09-06-1977

 

Naturalidade: San Sebastián, Espanha

 

Posição: Ponta-de-lança

 

Clubes na carreira: Real Sociedad B (1998/1999), Real Unión (1999/2000), Talavera (2000/2001), GD Chaves (2001/2002), SC Braga (2002/2003), GD Chaves (2003/2004), Estoril (2004/2005), Racing de Ferrol (2005/2006), Logroñés (2005/2006), Maccabi Herzliya (2006/2007), Melila (2006/2007), Swindon Town (2007/2008), Pandurii (2007/2008 a 2010/2011), El Palo (2011/2012 a 2012/2013), Oiartzun (2013/2014), Alhaurín de la Torre (2013/2014), Juventud de Torremolinos (2014/2015)

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