Valentes Transmontanos voltam à Invicta para defrontar os axadrezados, num jogo em que se procura o regresso às vitórias para tranquilizar os adeptos.


Precisamente uma semana depois do histórico empate no Estádio do Dragão para a Taça da Liga, o campeonato regressa com mais uma deslocação ao Porto, desta feita para defrontar o Boavista no estádio do Bessa. As duas semanas de paragem na competição maior do futebol nacional serviram para Daniel Ramos recalibrar a equipa e tentar voltar aos bons resultados após duas derrotas consecutivas contra candidatos à Europa.

Espírito renovado e motivação alta, mas com algumas baixas

Após o empate suado e com muitas baixas frente ao campeão nacional, Daniel Ramos contou finalmente com boas notícias nos treinos desta semana, com vários jogadores importantes a recuperarem de lesão. Assim, a defesa conta com três regressos fundamentais: Paulinho, Djavan e Maras estão recuperados e já treinam com a equipa principal, tal como o novo reforço Lionn, que pode ser opção para a ida ao Bessa. Assim, Brigues, NAC e Luís Martins devem voltar ao banco para dar lugar aos recuperados.

Porém, também há a assinalar uma baixa de peso, já que Bressan não treinou toda a semana e não será opção para o técnico flaviense, abrindo a porta à titularidade para João Teixeira ou então jogando com Jefferson a trinco e ficando Stephen Eustáquio e Bruno Gallo a fazer dupla no meio. Certa é a motivação em alta do grupo de trabalho e a ambição geral em voltar a conquistar pontos no campeonato, algo que só aconteceu diante do Portimonense.

O que esperar do Boavista

Já do lado boavisteiro o início do campeonato não está a ser nada fácil, com uma vitória, um empate e duas derrotas, a última num decepcionante 4-2 nos Açores diante do Santa Clara. Jorge Simão também não contou com o melhor mercado de verão, já que o orçamento baixo que as panteras dispuseram esta temporada não serviu para colmatar todas as lacunas, principalmente no ataque.

 

Os axadrezados perderam jogadores importantes como o guarda-redes Vágner, os laterais Mesquita e Vítor Bruno, o central Rossi e o extremo Renato Santos, perdendo muita qualidade individual. Em termos de entradas destaque para Hélton Leite (redes que está a surpreender), André Claro (atacante ex-Estoril), Rafael Lopes (avançado que já passou por Chaves), Falcone (avançado ex-Aves) e Matheus Índio (extremo ex-Estoril).

 

Porém, as lesões têm afectado o plantel do Boavista e os grandes desequilibradores Yushufa e Matheus Índio, que ainda não se estreou pelos axadrezados, são ausências prováveis para Jorge Simão, que se verá obrigado a ir a jogo com Rochinha e André Claro, jogadores com qualidade mas sem a criatividade dos já citados.

 

Além disso, David Simão fez pressão para sair para o campeonato israelita e poderá não fazer parte das contas boavisteiras. Nas laterais as opções não são as melhores também, já que Carraça e Talocha estão uns bons furos abaixo dos laterais do Chaves e aquele que poderia causar mais dificuldades nas subidas, o flaviense Edu Machado, continua em baixo de forma depois de quase oito meses sem competir por lesão.

 

Em suma, adivinha-se uma deslocação complicada, como sempre é ir ao Bessa, ainda por cima com Jorge Simão a saber mexer-se com pouca matéria-prima, mas o Desportivo de Chaves tem de aproveitar as lacunas do adversário para começar a somar pontos fora o mais cedo possível.

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