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Desportivo foi a Santa Maria da Feira conseguir um triunfo precioso e justíssimo, apesar de ainda termos visto a vida a andar para trás quando o árbitro anulou o segundo golo.

 

 

Uma nuvem negra pairava em cima do Desportivo antes da deslocação à Feira para defrontar o Feirense, com o empate tardio sofrido contra o Vitória de Setúbal ainda bem presente na cabeça dos adeptos flavienses. Além disso, o Chaves foi a jogo no Marcolino de Castro, casa do Feirense, com uma baixa de peso no meio-campo: Pedro Tiba lesionou-se e acabou substituído pelo recém-chegado Stephen Eustáquio. No entanto, tudo correu pelo melhor e o triunfo sorriu, já nos minutos finais, ao conjunto azul-grená.

 

 

Filme do jogo

 

 

Luís Castro entrou no jogo com o onze base que tem apresentado desde o início da temporada, mas com apenas uma alteração, a já falada saída de Tiba lesionado e a entrada de Eustáquio para a equipa inicial, meros quatro dias após assinar pelos Valentes Transmontanos. Posto isto, António Filipe foi o guarda-redes; Paulinho, Maras, Domingos e Djavan compunham a defesa; o trinco foi Jefferson, seguido pelo estreante Stephen e Bressan; no ataque, o habitual trio Matheus, Davidson e William.

 

 

A primeira parte foi bastante repartida, com os dois conjuntos a anularem-se um ao outro e a não conseguirem criar muitas oportunidades. O primeiro conjunto a criar algum perigo foi o Feirense por intermédio de Hugo Seco, que tentou fazer um chapéu a António Filipe aos 5 minutos, mas a bola saiu por cima. Foi preciso passarem-se quase 20 minutos para uma nova oportunidade de perigo acontecer, desta feita para o Desportivo, e acabou por dar mesmo em golo: Excelente jogada de Davidson, a bola acaba nos pés de William que finaliza com frieza e deixa em festa os muitos adeptos flavienses que se deslocaram à Feira. Aos 31′, nova oportunidade para o avançado brasileiro mas, após uma excelente assistência de Bressan, não conseguiu dominar a bola nas melhores condições, acabando nas mãos do guarda-redes.

 

 

No entanto, o Chaves não lidou bem com a vantagem e acabou por relaxar um pouco na parte final do primeiro tempo e, neste relaxamento, surgiu o golo do Feirense aos 34 minutos. Canto na direita, cabeceamento de Luís Rocha e António Filipe a ser muito mal batido, apesar de ficarem sérias dúvidas sobre se a bola passou a linha na sua totalidade ou não.

 

 

Após o intervalo, foi o Desportivo de Chaves que tomou as rédeas da partida e fez um esforço enorme, sempre à procura dos três pontos. Primeiro foi Matheus Pereira, já aos 63 minutos, a atirar forte mas à figura do guarda-redes local. Aos 67′, livre à entrada da área e o jovem extremo a visar a baliza de Caio outra vez, mas a bola foi ligeiramente ao lado. Com o cronómetro a aproximar-se cada vez mais dos 90 minutos, continuava a ser o conjunto azul-grená a criar as melhores oportunidades e Davidson esteve muito perto de conseguir o já merecido golo da vantagem, no entanto, o remate do extremo foi desviado pelo guarda-redes e a bola acertou em cheio no poste.

 

 

Finalmente, aos 87 minutos, o Chaves chegava à vantagem. Excelente combinação entre Matheus Pereira e Bressan e o extremo brasileiro a atirar para o fundo das redes, ainda com um desvio num defesa local, mas o árbitro assistente assinalou fora-de-jogo. Após muita contestação do banco flaviense, que reviu o lance e percebeu o erro do auxiliar, foi preciso recorrer ao VAR e Rui Costa, juíz da partida, reverteu a decisão e deu mesmo golo aos Valentes Transmontanos.

 

 

Homem do Jogo

 

 

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Neste encontro o MVP foi claramente Bressan, a protagonizar a sua melhor exibição da temporada. Talvez por não ter Pedro Tiba ao seu lado, permitindo ao bielorrusso tomar as rédeas da construção ofensiva da equipa enquanto Stephen Eustáquio, também a bom nível, equilibrava o onze. A verdade é que o médio criou várias oportunidades de golo, assistiu Matheus Pereira para o golo da vitória e só faltou mesmo marcar ele um para ser a cereja no topo do bolo. Se é verdade que no início da temporada estava claramente noutra e uns furos bem abaixo do que é capaz, a verdade é que, agora, voltou ao seu melhor nível. Esperemos ver mais disto diante do Porto.

 

 

Conclusões da Partida

 

 

Após um regresso às vitórias, que deixará os adeptos do Desportivo com um sorriso na cara durante o resto da semana, há que tirar as seguintes conclusões do que se passou durante os 90 minutos.

 

 

-António Filipe tem estado estranhamente inseguro nos últimos três jogos, mas neste jogo parece que regrediu aos tempos da II Liga, quando dava calafrios sempre que o adversário se aproximava da baliza flaviense. Pouco seguro a agarrar na bola, provocou o canto que deu o golo do empate, num lance aparentemente controlado pelo guarda-redes. Depois, o próprio golo foi um valente frango. Não sei como vai ser contra o Porto, mas o Ricardo, quando falhou, também saltou fora.

 

-O equilíbrio no meio-campo foi incrível. Apesar deste jogo ser fora de casa e, quando jogamos como visitantes, parece sempre que a equipa está mais equilibrada, neste jogo conseguiu-se bloquear, e muito bem, a equipa da Feirense. A dupla Bressan-Stephen resultou muito bem, mas não se deve aguentar assim que Tiba esteja a 100% outra vez.

 

-William mostra cada vez mais que é o nosso matador. Já leva oito golos esta temporada, 12 com a camisola do Desportivo, e está a um golo de bater o seu recorde numa temporada (9 golos, quando jogava na Eslováquia).

 

-Segundo jogo, segundo golo na sequência de um canto. Começa a tornar-se um hábito perigoso sofrer golos de bolas paradas, principalmente pontapés de canto, e isto é preciso resolver rapidamente. Podemos dizer que o maior culpado é o guarda-redes que é mal batido, mas se o cabeceamento aconteceu é porque alguém não fez o seu trabalho.

 

 

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