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Chaves jogou olhos nos olhos com o atual terceiro classificado, mas falhas individuais não permitiram tirar pontos da partida frente ao Sporting.

 

 

Dois de dezembro de 1995, é esta a data da última derrota azul-grená frente ao Sporting no Municipal. Um registo considerável que acaba “manchado” após uma partida onde o Desportivo mostrou muita atitude, mas cometeu erros que fizeram voar qualquer hipótese de pontuar.

 

 

Filme do Jogo

 

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O Chaves abriu o jogo a mostrar que não estava para brincadeiras e a querer limpar a imagem dada nas últimas partidas frente aos chamados “grandes”. Davidson, logo aos 6 minutos, rematou de fora da área, mas a bola passou longe da baliza de Rui Patrício. Aos 11′, Djavan deixou a bola para o extremo brasileiro, balão para a área, Tiba deixa para William e o goleador flaviense atira para uma defesa apertada do guardião visitante.

 

 

Aos 32 minutos, o Sporting chegou com muito perigo à baliza de Ricardo, com Gelson Martins a receber a bola dentro da área e, na cara de Ricardo, o internacional português a permitir a defesa apertada do veterano guarda-redes flaviense. Ainda antes do intervalo, bom cruzamento de Perdigão na direita, mas William não conseguiu desviar a bola de Patrício. O intervalo chegaria pouco depois, com uma primeira parte equilibrada e sem grandes oportunidades de golo.

 

 

No segundo tempo foi o Sporting que se chegou primeiro à baliza, com Rúben Ribeiro a tentar o remate em jeito, mas a bola saiu desenquadrada. Na baliza visitante, boa oportunidade para o Chaves desfazer o nulo aos 54 minutos, mas o remate de Nuno André Coelho foi respondido com uma defesa apertada do guarda-redes.

 

 

Aos 62 minutos, o conjunto leonino abre o marcador após um bom cruzamento na direita, a bola chega ao segundo poste e Bas Dost, acabado de entrar, cabeceia para o fundo das redes, numa jogada onde a defesa do Chaves fica mal batida, já que 3 defesas não conseguem evitar o cabeceamento do jogador mais perigoso do ataque adversário. Apesar das dúvidas na posição do holandês, parece que NAC permite que o jogador sportinguista esteja em posição legal.

 

 

Pouco depois, é Battaglia que aparece, incompreensivelmente, sozinho na grande área e foi preciso uma intervenção do médio Bressan para a bola não ir à baliza. Na sequência do canto, o cabeceamento de um central verde-e-branco sai por cima.

 

 

O Desportivo acusou bastante o golo, mas conseguiu finalmente responder aos 78 minutos, quando Bressan faz uma assistência fantástica desde o seu meio-campo, a bola cai nos pés de Davidson, que ultrapassa o guarda-redes mas acaba por atirar a bola à figura de um defesa adversário, no maior falhanço da noite do lado azul-grená.

 

 

Aos 81′, mau acompanhamento da defesa do Chaves, com NAC a ficar mal na fotografia mais uma vez, já que permitiu o remate a um jogador adversário e foi preciso Ricardo aplicar-se para defender a bola. O segundo golo acabou mesmo por aparecer aos 86 minutos, quando Platiny se põe com dribles no seu meio-campo, perde a bola para Battaglia e o ex-jogador do Chaves a oferecer o segundo golo a Bas Dost.

 

 

O Desportivo deu o tudo por tudo na recta final, primeiro com William a atirar à meia volta para defesa de Patrício aos 88 minutos e, já a entrar no tempo de compensação, o Chaves ganha um penálti por falta de Coates sobre Djavan. Tiba ofereceu a marcação da grande penalidade a Platiny, que não falhou, mas era muito tarde para o Desportivo empatar.

 

 

Homem do Jogo

 

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Numa partida em que o Chaves saiu vergado a uma derrota desapontante, muito pelos erros individuais que permitiram os golos adversários, Bressan foi o jogador de maior destaque nos flavienses. Como grande motor do ataque, o bielorrusso distribuiu jogo por toda a frente de ataque e conseguiu uma exibição praticamente imaculada, com destaque para uma assistência fantástica que isolou Davidson, mas o brasileiro não conseguiu marcar de baliza aberta.

 

 

O grande pêndulo do meio-campo, conseguiu sobrepôr-se individualmente ao companheiro Pedro Tiba que, apesar de também ter tido uma exibição satisfatória, contou com mais passes falhados e erros que Bressan. Depois de mais uma boa exibição, vai ser interessante ver como será a sua parceria com, muito provavelmente, Stephen Eustáquio no jogo frente ao Braga, já que o jovem médio equilibra mais o meio-campo e permite que Bressan esteja mais à vontade nas movimentações ofensivas.

 

 

Para terminar, há uma questão que não deixamos de pensar: a continuar assim e com o jogador quase a chegar aos 30, será que vamos ter Bressan a sair no verão em busca do contrato da sua vida? A ver vamos…

 

 

Erros individuais mancharam boa exibição coletiva

 

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Fazendo um apanhado daquilo que foi a produtividade do Desportivo, assistimos a um bom trabalho coletivo dos homens de Luís Castro mas que acabou condenado por erros individuais que permitiram golos adversários. O processo ofensivo foi positivo, com uma boa construção e com uma surpreendente adaptação facilitada à falta de Matheus Pereira, com Perdigão (apesar de não ter a mesma qualidade do jovem emprestado pelo Sporting) a dar bons apontamentos e a mostrar que não pode ser uma carta fora do baralho de Luís Castro, além de dar um contributo maior que Jorginho (um flop para esta época) e até Elhouni, no tempo em que o líbio cá esteve.

 

 

No entanto, fomos bafejados com um mau jogo de Davidson, que mostrou dificuldades nos cruzamentos para a área (apesar de ter combinado bem com Djavan) e com uma finalização invulgarmente disparatada, com destaque para o falhanço de baliza aberta na segunda parte, onde atirou contra Battaglia. Também Pedro Tiba este algo aquém do esperado, não por fazer uma má exibição, mas por não ter estado ao nível que estamos habituados, com várias bolas perdidas e passes falhados, mais uma vez a mostrar que dois médios mais ofensivos lado a lado causam dificuldades à própria equipa.

 

 

Mas a grande “mancha” individual no coletivo flaviense acabou por ser Nuno André Coelho que, ainda para mais sendo o mais experiente dos centrais, teve dois erros de autêntico amador, primeiro a falhar completamente um cabeceamento e a permitir um jogador do Sporting isolar-se e, na segunda parte, a deixar Bas Dost em jogo. Erros destes custam caro a equipas como o Chaves. Depois, claro, temos o disparate de Platiny, que pôs-se a driblar no próprio meio-campo e acabou por oferecer o segundo golo aos visitantes.

 

 

Uma pena que estes erros tenham acontecido, já que o Desportivo proporcionou aos adeptos nas bancadas uma boa exibição e a consistência que não tinha mostrado nos restantes jogos contra “grandes”. Jefferson fez um jogo bastante positivo no apoio à defesa e, pasmem-se, a construir jogo, enquanto Djavan e Paulinho apoiaram de maneira exemplar o ataque. Um bom jogo de equipa que acabou manchado por certas exibições individuais que nos deixam a questionar acerca da continuidade de chaves ao peito de alguns elementos do plantel.

 

 

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