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Valentes Transmontanos recebem os orientados por Jorge Jesus em busca de conseguir pontos e com a esperança de melhorar as “performances” contra os ditos grandes.

 

Se há crónico candidato ao título que, historicamente, seja apetecível ao Desportivo de Chaves, é precisamente o adversário da ronda 26 da Primeira Liga. Em 16 jogos realizados para lá do Marão, o Chaves tem saldo positivo: cinco vitórias azul-grená contra três triunfos verde-e-branco, com 8 empates pelo meio. Mas, numa temporada onde o conjunto de Luís Castro tem tido sérias dificuldades frente a equipas teoricamente superiores, o que esperar do último duelo contra um chamado “grande” na época 2017/18? Vamos descobrir.

 

Chaves com o orgulho ferido, mas a querer provar que o Municipal é uma fortaleza

 

Se há coisa que se pode apontar ao conjunto flaviense é não conseguir transformar a sua casa na fortaleza impenetrável de outrora, com o ditado “para cá do Marão, mandam os que cá estão” a não ser representativo do momento de forma dos Valentes Transmontanos. À entrada para esta jornada, contam-se 12 jogos no Municipal, com três derrotas, cinco empates e apenas quatro vitórias perante o público de Chaves, além de 18 golos marcados e 17 sofridos.

 

Agora, a defrontar um adversário que, como dissemos, tem sempre vida difícil para lá do Marão, é imperativo mostrar que em casa mandamos nós e limpar a imagem que temos mostrado frente aos “grandes” esta época.

 

Mas há alguns contratempos complicados para Luís Castro na preparação para esta partida: Domingos Duarte e Matheus Pereira estão indisponíveis por estarem emprestados pelo Sporting, enquanto Stephen Eustáquio, entrada habitual na 2ª parte dos jogos, está suspenso depois de ver o 5º amarelo frente ao Tondela. Assim, o Chaves vê-se privado do extremo mais criativo e de um dos centrais titulares e terão de saltar para o onze Nuno André Coelho, que irá cumprir o oitavo jogo esta temporada, e Perdigão ou Jorginho, sendo que a questão do extremo é mesmo a mais complicada para o técnico transmontano.

 

Jorginho tem mais minutos jogados esta temporada, mas raramente fez exibições acima da média, principalmente desde que Matheus agarrou o lugar. Já Perdigão, tem estado longe dos seus melhores dias e já desde a segunda metade da última temporada que não tem mostrado o poder que demonstrou na primeira volta em 2016. Assim sendo, a escolha não vai ser fácil e espera-se que o processo ofensivo sinta muito a falta de Matheus mas, a apostar em alguém, daríamos prioridade a Perdigão, isto porque mostra mais “os dentes” e porque temos de pensar no futuro e, tendo em conta os contratos, só o extremo brasileiro contará para a próxima temporada.

 

Com estas mexidas, arriscaríamos este onze para o encontro de segunda-feira: Ricardo na baliza, Paulinho, NAC, Maras e Djavan na defesa, Jefferson a trinco, Pedro Tiba e Bressan no meio, Perdigão e Davidson nos flancos e William na frente do ataque.

 

O que esperar do Sporting

 

A equipa leonina viaja a Trás-os-Montes com uma “facada no coração” após a derrota no clássico que, por agora, deixa os comandados de Jorge Jesus mais longe da luta pelo título de campeão. Porém, na última quinta-feira, os leões disfrutaram de uma excelente oportunidade para recuperar animicamente e colocar os índices de confiança elevados, pelo que a vida não vai estar particularmente facilitada para o Desportivo, nem de perto, nem de longe.

 

No que toca a ausências há cinco jogadores que não vão estar no relvado do Municipal: Doumbia, Podence e André Pinto, lesionados, bem como os suspensos Acuña e Bruno Fernandes. Desta forma, Jorge Jesus terá que mexer no seu onze, com a possível entrada de Rúben Ribeiro ou Bruno César para o lugar do argentino e Palhinha, Battaglia ou Wendell para o lugar do médio português.

 

Para travar este Sporting é preciso duas coisas muito importantes: marcar de perto os pontas-de-lança e evitar por tudo que os extremos/laterais consigam cruzar a bola em condições para a área. Isto porque Bas Dost e Montero são dos avançados “matreiros” que já é um meio-golo se a bola chegar a eles, principalmente falando do internacional holandês, isto tendo em conta o que já aprendemos a mal nos dois últimos confrontos em Alvalade.

 

A equipa é consideravelmente sólida mas sofre muito nos últimos 20 minutos. Isto parece algo ridículo, até pelo historial de vitórias fora de horas da equipa lisboeta, mas a gestão do treinador fica tão aquém do esperado que há certos jogadores que simplesmente rebentam a partir de certa altura e é nesses momentos que o Chaves tem de partir para cima e aproveitar os desiquilíbrios no conjunto adversário.

 

Outra situação a ter em conta é que Jorge Jesus não tem medo de atirar a carne para o assador e muitas vezes faz subir o central Coates para ponta-de-lança, com o uruguaio a fazer mesmo estragos e a já ter conseguido golos nesse sistema. Posto isto, é imperial, mais uma vez, não sofrer cedo porque isso certamente vai atirar o jogo ao ar e o Desportivo dificilmente não sai derrotado. Se conseguirmos a proeza de chegar ao intervalo ainda empatados, acredito vivamente que vamos conseguir tirar algo deste encontro.

 

Prognóstico

 

Para o último confronto frente a um adversário com bastante favoritismo não se espera um grande resultado por parte do conjunto azul-grená, até tendo em conta o cepticismo normal de quem viu os outros quatro jogos contra este tipo de equipas (a recepção ao Benfica é a única excepção). No entanto, este jogo ser contra o Sporting dá outra “pica” aos adeptos, que têm bem frescos na memória os vários pontos conquistados aos leões na nossa história. Que seja uma tradição para continuar e, com fé em ficarem pontos em Trás-os-Montes, arrisco um empate 2-2 entre transmontanos e lisboetas, num jogo bem conseguido de futebol pelas duas partes.

 

E vocês? O que acham que vai acontecer no Municipal de Chaves?

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