Fonte: GD Chaves

Fonte: GD Chaves

Na reunião de emergência da Liga de Clubes, realizada esta manhã e após o adiamento do CD Feirense-GD Chaves, os emblemas das competições profissionais chegaram a cinco conclusões sobre o reatar das provas, que serão apresentados ao secretário de estado da saúde na segunda-feira.



A Liga reforça a importância do cumprimento das regras para o recomeço das competições por parte dos clubes e pede «articulação próxima e regular» dos emblemas com os delegados de saúde locais, mas também aponta o dedo às autoridades.

 

O organismo relembra que o Plano de Retoma do Futebol Profissional, aprovado pela DGS, pressupõe que a «identificação de um caso positivo não torna, por si só, obrigatório o isolamento coletivo das equipas» e que a «aplicação com sucesso» deste regulamento foi «fator decisivo» para se conseguir terminar a temporada passada.

 

Também é pedido que haja um «critério uniforme» para o mesmo tipo de ocorrência de Covid-19, além de exigir que o processo de testagem da Liga, que vai «para lá da obrigatoriedade requerida pela DGS», não seja «penalizador» para o futebol português.

 

Recorde-se que o GD Chaves confirmou a existência de quatro casos positivos de Covid-19 na manhã desta sexta-feira, mas só em cima do apito inicial do CD Feirense-GD Chaves, às 20H00, chegou a ordem para adiar a partida e o plantel flaviense ir para isolamento.



Leia o comunicado completo sobre a reunião de emergência da Liga de Clubes:

 

«No seguimento da não realização dos jogos CD Feirense – GD Chaves e Ac. Viseu – A. Académica, referentes à primeira jornada da LigaPro, a Liga Portugal convocou os médicos de todas as Sociedades Desportivas que integram as competições profissionais, para uma reunião de urgência.

 

Nesta reunião de trabalho, foram abordados todos os aspetos relacionados com as orientações definidas pela DGS, bem como do Plano de Retoma Específico para o Futebol Profissional.

 

Da reunião desta manhã produziram-se as seguintes conclusões:

 

1- Reforçar a importância do cumprimento escrupuloso do código de conduta assumido e assinado por todos os agentes desportivos – Anexo 2 do Plano de Retoma Específico para o Futebol Profissional;

 

2 – Tal como já foi prática no processo de retoma da Liga NOS 2019-20, é imperativo manter a aplicação plena do ponto 27 do decreto 036/2020 da DGS, também contemplado no ponto 10.2 do Plano de Retoma do Futebol Profissional, que pressupõe que “a identificação de um caso positivo não torna, por si só, obrigatório o isolamento coletivo, das equipas”, e cuja aplicação com sucesso na temporada passada, foi um fator decisivo para o término da competição; 

 

3 – É de extrema importância todas as Sociedades Desportivas manterem uma articulação próxima e regular com o Delegado de Saúde local da sua região;

 

4 – Sem prejuízo dos cenários epidemiológicos específicos de cada região, em cada momento, garantir a existência de um critério de intervenção uniforme para a mesma tipologia de ocorrência;

 

5 – O Futebol Profissional adotou um processo de testagem que vai para lá da obrigatoriedade prevista e requerida pelo decreto 036/2020 da DGS, no propósito claro de reduzir o risco de contágio dentro do universo de cada clube, garantindo um controlo de identificação e redução da possibilidade de surtos dentro de cada plantel. Este modelo não pode ser penalizador para uma atividade que não pode parar, sob pena de se produzirem danos irreparáveis;

 

Todas estas conclusões serão levadas à reunião agendada para esta segunda-feira, às 15H00, entre a Liga Portugal e o Secretário de Estado da Saúde, António Lacerda Sales, onde será reiterada a necessidade de implementação destas recomendações sob pena de serem colocadas em causa as competições profissionais futebol na época 2020-21.»

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