Flavienses foram a Alvalade dar luta a um Sporting em transição de treinadores, mas viram um potencial ponto ser-lhe retirado já perto do fim, num jogo em que a arbitragem foi protagonista.

 

Como já tem sido habitual em Daniel Ramos, o Chaves voltou a apresentar-se com um onze diferente ao da jornada passada, com Luís Martins, Nikola Maras, Perdigão e Stephen Eustáquio a voltarem às opções do técnico flaviense. Do lado sportinguista, Jovane Cabral, Gudelj e Miguel Luís apareceram no último onze de Tiago Fernandes enquanto técnico interino.

 

O jogo começou morno, com o Desportivo de Chaves a conseguir aguentar a posse de bola e tapando as linhas de ao Sporting, com especial qualidade a despachar a bola da área. Porém, a primeira grande oportunidade acabou por dar em golo, com um cruzamento de Acuña a ser cabeceado para golo por Bas Dost, que ganhou posição a Marcão num lance em que o central flaviense foi muito passivo fisicamente. Depois do golo, os locais tomaram as rédeas da partida e tornaram muito difícil a saída com bola do Desportivo que, mesmo assim, conseguia fechar o caminho para a baliza defendida por Ricardo.

 

Aos 40 minutos o Chaves assusta Alvalade, com Avto a cruzar para a área, André Luís recebe no pé e dá para Bressan atirar para o fundo da baliza, mas o lance estava anulado por fora-de-jogo bem tirado ao bielorrusso.  Nos descontos, mais perigo na área azul-grená depois de Jovane ganhar a bola a Marcão e a correr até à área, mas a atirar para defesa de Ricardo, levando o Chaves para o intervalo com uma desvantagem de um golo.

 

Na segunda parte repetiu-se a história: o Sporting conseguiu bola, “acampou” no meio-campo do Chaves, mas os flavienses continuavam a fechar o caminho à baliza, apenas dando aos locais a hipótese de remates frouxos e desenquadrados, como foi o caso aos 60 minutos quando Bruno Fernandes atirou de fora da área, mas a bola passou ao lado. Aos 70 minutos, quando Daniel Ramos preparava-se para ser mais ofensivo com a entrada de João Teixeira e já depois de Niltinho ter entrado em campo, o árbitro decidiu ser protagonista ao expulsar Bruno Gallo, num lance em que não há qualquer agressão nem entrada “assassina” do médio brasileiro, que acabou por ser obrigado a sair depois do VAR ter recusado avisar o juíz principal.

 

Mesmo com menos um jogador, o Chaves foi com personalidade para cima do Sporting e, já com João Teixeira e William em campo, conseguiu empatar a partida aos 81 minutos, com Niltinho a fazer um remate em arco, de fora da área, e a bola a ir ao ângulo da baliza sportinguista para um golo de outro mundo. Porém, o protagonista voltou a ser o árbitro Tiago Martins que, volvidos cinco minutos, assinalou penálti por agarrão de William a Bas Dost, num lance aparentemente normal de dois jogadores a tentarem lutar pela superioridade física na área. Verdade seja dita, William já tinha sido avisado pelo árbitro para não agarrar na área, mas se lances destes dão penálti então todos os jogos serão recheados de castigos máximos.

 

O ponta-de-lança holandês bateu o penálti e enganou Ricardo, colocando os locais novamente na frente do marcador e, até final, conseguiram manter a vantagem. Com esta derrota o Desportivo é último classificado na Primeira Liga com apenas sete pontos, quando já estão decorridas 10 jornadas no campeonato.

 

Declarações dos intervenientes

 

Daniel Ramos: “Sinto que existe desigualdade no futebol português em diversos jogos. Quantos lances destes acontecem no jogo e não são penálti? Muitos. Porquê hoje? Quem foi prejudicado? Também a expulsão do Gallo foi exagerada. Num jogo em que tínhamos necessidade. Sentimos que o tudo que demos não foi suficiente. Quando é assim, olhamos para o lado. Ficamos impotentes, essa impotência é complicada de digerir. Há que pensar já no próximo jogo”.

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