Equipa do Chaves em 1997/98. DR

As temporadas de Primeira do Desportivo no final dos anos 90 levaram vários jogadores espanhóis a vestir a camisola azul-grená. Recordamos aqueles que mais se destacaram com as Chaves ao peito.

 

A segunda estadia do Desportivo de Chaves na Primeira Liga, na última metade dos anos 90, ficou marcada pelo fluxo de jogadores espanhóis a vestir de azul-grená. Ao todo foram 13 os jogadores castelhanos que chegaram ao Municipal ao longo  das últimas épocas do Chaves na Primeira, mas há seis que merecem o destaque e que ainda se mantêm na memória dos adeptos flavienses: Toniño, Míner, Dani Diaz, Matute, Carlos Álvarez e Jesús Seba.

 

O primeiro a chegar a Portugal foi o médio Toniño em 1994/95 – juntamente com os compatriotas Bastón, José Maria e Castillo – e é mesmo o jogador espanhol que mais tempo vestiu de azul-grená na Primeira Liga e o segundo em toda a história do clube, apenas ultrapassado por Isidro Díaz. O “pé-canhão” basco fez mais de 100 jogos de Chaves ao peito e marcou 13 golos nas cinco épocas que esteve em Trás-os-Montes, com uma passagem de um ano pelo Vitória SC em 1996/97. Ainda pisou o relvado do Municipal durante o primeiro ano na II Liga, mas saiu na época seguinte para o Fafe.

 

Em 1995/96 chegou mais uma dupla espanhola a Trás-os-Montes, com o médio Dani Díaz e o extremo Míner a serem contratados ao Sporting Gijón. Ambos foram peças importantes no xadrez de treinadores como José Romão, Vítor Urbano ou Álvaro Magalhães, com Míner a vestir a camisola azul-grená por 81 vezes e Diaz por 72. Também ajudaram a sua equipa com golos, sendo o extremo mais goleador, com 12 golos, enquanto o médio fez as redes adversárias abanar por cinco vezes.

 

Parceiros de equipa desde Gijón, repetiram também o tempo que passaram ao serviço do Chaves, saindo em 1997/1998, tal como muitos outros, devido à descida à II Liga, que seria anulada na secretaria depois do “caso Guímaro” que fez o Leça cair no lugar do Desportivo.

 

Em 1996/97 chegou a Chaves um ponta-de-lança forte e letal vindo do futebol de Nuestros Hermanos: o avançado de 24 anos Roberto Matute a ser contratado ao Logroñes. Na temporada de estreia com a camisola azul-grená, o espanhol foi o melhor marcador do Desportivo com nove remates certeiros e destaque para os dois golos marcados na vitória frente ao Marítimo, por 2-1.

 

Na segunda época, mostrou menor veia goleadora com apenas quatro tentos em 28 jogos. Tal como Míner e Díaz, acabou por sair no final de 1997/1998 para se manter na Primeira Liga, transferindo-se para o Belenenses.

 

As imensas mudanças no verão de 1998, resultantes da disputa na secretaria pela descida do Leça, levaram aos responsáveis do Chaves a contratar mais de 20 jogadores, entre eles o médio Carlos Álvarez e o extremo Jesús Seba. o centrocampista, chegado do Almería e com formação no Celta de Vigo, pegou de estaca na equipa flaviense e foi um dos poucos focos da equipa que viria a descer de divisão, com 27 jogos e quatro golos, saindo no final da época para Guimarães, mantendo-se na Primeira Liga.

 

Já Seba chegou do Zaragoza e também foi uma coqueluche num Chaves à deriva, com 31 jogos disputados e 10 golos marcados, os mesmos que o ponta-de-lança brasileiro Wanderley, mas também a descida levou o espanhol a sair de Trás-os-Montes, desta feita para rumar ao Belenenses.

 

Depois da queda à II Liga, o fluxo de espanhóis ainda se manteve, com Carou e Gorka a entrar em 1999/2000, Isidro e Otxoa em 2000/01, o estonteante número de seis espanhóis em 01/02, mais três na época seguinte e, por fim, a reentrada por empréstimo de Arrieta em 2003/04.

 

A entrada de Beto Monsalvo em 2004 marcou a última contratação espanhola da década e após a saída de Isidro, seis épocas depois da sua chegada, foi preciso esperar até 2012/13 para se voltar a ter um espanhol com a camisola azul-grená com a chegada de Éder Díez. O ponta-de-lança acabou por sair em 2014, sendo o último jogador espanhol a alinhar de Chaves ao peito.

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