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Valentes Transmontanos foram à Vila das Aves à procura de fazer história e, depois de grande parte do jogo em dificuldades, protagonizaram uma remontada fantástica para assegurar os 3 pontos.

Forma mais incrível de acabar a época era impensável: a perder por 2-1 já à beira dos noventa minutos, o Chaves conseguiu dar a volta à equipa de José Mota e assegurar os três pontos que fazem o Desportivo atingiu a sua melhor marca pontual na Primeira Liga e repetir o sexto lugar pela terceira vez.

Jogo sofrido, mas sabe tão bem ganhar assim

Para as várias dezenas de flavienses que foram ao reduto do Aves, o último jogo da época foi impróprio para cardíacos, mas também um atestado de competência aos jogadores e equipa técnica que, com atitude e persistência, alcançaram uma vitória fantástica.

A começar a partida, o Desportivo ficou logo em desvantagem sem dar por nada, com Jorge Fellipe a aparecer entre a defesa flaviense e a desviar a bola para a baliza, não dando hipóteses a Ricardo. A perder logo nos primeiros 5 minutos, o Chaves foi atrás do prejuízo mas pouco perigo criou e o que criou foi de fora da área mas sem a pontaria desejada.

No entanto, aos 21 minutos, o árbitro assinala grande penalidade a favor do Desportivo, numa decisão acertada pois Luis Fariña abordou o lance com o braços esticados. Na conversão, Pedro Tiba não enganou o guarda-redes avense, mas a bola passou por baixo do brasileiro Adriano e acabou no fundo das redes, empatando a partida. Porém, no minuto a seguir, Mama Baldé teve espaço suficiente para receber a bola, ir até à baliza e meter o esférico por baixo das pernas de Ricardo, voltando a colocar os locais em vantagem.

O resto da primeira parte reduziu-se a um Aves a apostar forte no contra-ataque e a aproveitar o imenso espaço deixado por Furlan e, aliado à velocidade de Baldé, foi criando perigo na baliza flaviense. Do outro lado, o Chaves pouco conseguia fazer para se aproximar da baliza, com os remates a continuarem a aparecer de fora da área mas todos extremamente desenquadrados, saindo inclusivé do estádio.

Na 2ª parte,o Desportivo continuou a ter dificuldades para parar a velocidade de Baldé e pareceu sempre mais distante do empate que o adversário do terceiro golo. Da parte do Aves, três oportunidades de muito perigo levaram os guarda-redes flavienses (Emanuel Novo entrou a 10 minutos do fim) a aplicarem-se: primeiro um remate de fora da área aos 60 minutos, a ser parado por Ricardo; aos 70′, o mesmo Ricardo fechou bem o ângulo de remate a Paulo Machado e fez o ex-internacional português rematar ao lado; por último, Luis Fariña rematou de fora da área e obrigou o recém-entrado Emanuel a esticar-se para ficar com a bola.

Nos últimos 10 minutos da partida, só deu Chaves. Primeiro Bressan criou bastante perigo com um remate de primeira de fora da área, que acabou defendido com dificuldade por Artur Moraes. Aos 89′, o Desportivo chega ao empate pelo inevitável William, que aproveitou um cruzamento rasteiro de Jorginho (quem diria!) para marcar o seu 11º golo da temporada. Quando os adeptos já pareciam contentes com a divisão de pontos, eis que Matheus Pereira recebe um passe longo de Pedro Tiba, remate cruzado e estava feita a reviravolta, naquele que foi o último golo de Chaves ao peito do extremo brasileiro.

Com este triunfo, o Grupo Desportivo de Chaves alcança uma pontuação histórica, ultrapassando os 46 pontos conquistados pelos homens de José Romão na temporada 1996/97, além de garantir o 6º lugar, posição que o conjunto azul-grená não alcançava desde 1987/88, quando a equipa do Chaves, com nomes como Padrão, Jorginho, Slavkov, Radi, Diamantino, Vermelhinho e orientados pelo emblemático Raúl Águas conseguia a 6º lugar pela segunda vez na história dos Valentes Transmontanos.

Homem do Jogo

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Muitos diriam que o melhor em campo na Vila das Aves seria Matheus Pereira que, na despedida do Desportivo, marcou o seu oitavo golo com a nossa camisola, mas não podemos ignorar o génio de Stephen Eustáquio.

O miúdo que chegou do Leixões por uma quantia elevada (500 mil euros) mas como um médio promissor e já internacional sub-21 foi a pedra que faltava no xadrez de Luís Castro. Bom toque de bola, excelente distribuíção e a prova viva que um bom trinco não precisa de ser um “tanque” fisicamente, o novo número 6 flaviense já fez derreter os corações de imensos flavienses com o seu trabalho de equipa e controlo de bola fora do comum.

Numa época em que tanto se falou da questão do trinco, a chegada do luso-canadiano fechou de vez as preocupações dos adeptos flavienses perante essa posição e, se o jogo do Chaves melhorou tanto nesta fase final da temporada, muito se deve a Stephen Eustáquio. Sem dúvida, uma aposta ganha!

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