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O Desportivo desloca-se à Vila das Aves para o último encontro da temporada, onde uma vitória vale a segunda melhor posição de sempre na Primeira Liga.

 

E eis que, nove meses depois, chega o termo da época 2017/18 e, para terminar em grande, o Chaves vai à Vila das Aves à procura de um último triunfo para deixar os adeptos feliz e esperançados numa temporada 2018/19 ainda melhor. Mas antes de pensarmos no futuro, há que ganhar a um adversário que já garantiu a manutenção e que tenta, também, dar razões para os adeptos sorrirem e poderem olhar com bons olhos o futuro avense na Primeira Liga.

 

Depois da vingança, a despedida

 

Se a partida com o Marítimo ficou envolta numa aura de “vingança” por parte dos jogadores e adeptos flavienses, a partida frente ao Aves marcará o último de Chaves ao peito de vários elementos deste plantel que, muito provavelmente, não estarão por cá na próxima temporada, como são os casos de Pedro Queirós, Jorginho, Furlan e, acima de tudo, os titularíssimos Domingos Duarte e Matheus Pereira (que deixarão saudades certamente) e, com muita tristeza, de Patrão, o jogador há mais tempo de azul-grená neste plantel mas que não tem qualquer indício, pelo menos até agora, de renovar o seu vínculo.

 

Assim, na hora da despedida de alguns dos grandes craques desta temporada, o Desportivo procura, dentro de campo, conquistar a melhor pontuação da história do Chaves na Primeira Liga, estando a apenas três pontos de bater a marca de 1996/97, então com José Romão no comando, que ficou fixada nos 46 pontos e num respeitável 10º lugar. Esta época, porém, os homens de Luís Castro lutam por uma posição muito superior e que não é alcançada há quase 30 anos: o sexto lugar.

 

Para esta partida, de assinalar a ausência dos treinos esta semana de Djavan. O lateral brasileiro já foi ausência no jogo contra o Marítimo e parece que irá falhar igualmente o último encontro da época. Assim, caminho aberto para um último esforço de Furlan para provar que merece continuar de azul-grená na próxima temporada, apesar de parecer um cenário muito pouco provável pela pouca capacidade defensiva do brasileiro, sendo que a solução poderá passar pela não renovação com o jogador e ir ao mercado buscar uma melhor alternativa para o sempre “quebradiço” Djavan.

 

Apesar de já não haver muito para ganhar, Luís Castro já garantiu que o sexto lugar é um objetivo sério para o Desportivo, pelo que a equipa entrará certamente na máxima força possível no Estádio do CD Aves, com Ricardo a manter a titularidade, Maras e Domingos Duarte para aquele que será o último encontro desta dupla e, talvez, o último dos dois centrais de Chaves ao peito, seguidos do sensacional Stephen Eustáquio, Tiba e Bressan, com Davidson e o grande Matheus Pereira nas alas e, na frente, à falta de mais alguém, William a manter a titularidade.

 

Porém, poderá haver espaço para uma última tentativa de mostrar serviço por parte de Tiago Galvão, que não joga desde Alvalade, e Patrão, apesar de estar lnoge de ser garantido que algum destes jogadores esteja por cá na próxima temporada, mesmo com o médio brasileiro a ter contrato por mais um ano.

 

O que esperar do Aves

 

Do outro lado da barricada temos um CD Aves em êxtase após garantir a presença na final da Taça de Portugal e que já garantiu a permanência, pela primeira vez na sua história, na Primeira Liga. Apesar disso, não é certo que José Mota já esteja a pensar no duelo decisivo da prova-rainha frente ao Sporting, podendo tentar ainda colocar a equipa num melhor lugar na tabela classificativa.

 

Em termos de resultados, os avenses vêm de uma boa série de jogos, com duas derrotas e três vitórias nos últimos cinco jogos para o campeonato, com a qualificação para a final da Taça pelo meio. A jogar em casa, os homens de José Mota contam com duas vitórias e uma derrota nos últimos três encontros como visitado, com destaque para a última derrota, no final de março, frente ao Vitória de Setúbal, numa goleada por 1-4 para os sadinos.

 

Há boas razões para o Aves ter andado na luta por não descer até à última, já que é uma das equipas mais inconstantes da Liga e que, apesar do plantel com vários nomes sonantes, teima em não conseguir estabilizar-se em termos exibicionais, sendo capaz do melhor e do pior. Assim, e perante o seu público, José Mota quererá mostrar algo diferente aos seus adeptos, mas a possibilidade dos seus jogadores estarem em dia não é muito grande e o Chaves poderá superiorizar-se graças ao seu coletivo mais consolidado.

 

Prognóstico

 

Para acabar a época em beleza, nada melhor que uma vitória frente àquilo que mais próximo temos de um rival na Primeira Liga, já que continua bem presente na cabeça dos flavienses a razia que o Aves fez ao plantel do Chaves e que nos deixaram desfalcados no início da temporada. Além disso, está aqui o momento ideal para comprovarmos que tudo está bem quando acaba bem, conseguindo garantir o sexto lugar com um triunfo e garantindo a melhor pontuação da história no mesmo ano em que tivemos o pior arranque de campeonato de sempre. A apostarmos, diríamos que vai sair um 3-2 para o nosso Chaves, num bom jogo de futebol.

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