Fonte: GD Chaves

Fonte: GD Chaves

Desportivo sem golo, com a capacidade de decisão de um peixe num aquário e a deixar a desejar no ataque… Outra vez. Até dá ideia que falta um extremo como deve ser, coisa que os adeptos não andam a pedir há dois anos nem nada. Mas enfim, isto são guerras já antigas e que não vão ser solucionadas esta época, porque deu tudo em lunático. Quanto ao jogo com o Penafiel, César Peixoto repetiu o onze quase todo que jogou diante da Académica, onde só Ricardo Nunes entrou para a baliza.

 

Durante o jogo, foi o Desportivo com as melhores oportunidades. No entanto, repetiram-se os sintomas de todos os jogos desde que Niltinho lesionou-se frente ao Cova da Piedade. Assim, os jogadores voltaram a mostrar péssima capacidade de decisão, não têm qualquer «timing» para rematar e parecem perdidos em certos momentos do jogo. Parece que não sabem jogar em equipa, num sistema tático feito especificamente para se jogar em equipa.

 

Mas falemos de coisas positivas, por uma vez na vida. O sistema de jogo do César Peixoto começa a mostrar-se cada vez mais, a posse de bola é claramente do Desportivo e a defesa parece estar a ganhar estaleca de uma vez, principalmente tendo em conta que temos um lateral adaptado, um central que só jogou sete jogos em época e meia, um veterano de 36 anos e um lateral esquerdo que é feito de cristal, mas surpreendentemente é o que melhor se tem aguentado fisicamente.

 

Foi mais uma noite difícil para o ataque flaviense Fonte: GD Chaves

 

Coisas positivas, mas que esbarram completamente com o pior do Chaves: o ataque. Do meio-campo para a frente é sofrível o que o Desportivo mostra, com foco para as péssimas decisões que os jogadores tomam, uns ainda agarrados às ideias cavernícolas de José Mota, enquanto outros não têm qualquer noção de Timing para passar ou rematar. É pena o Chaves pecar aqui porque César Peixoto até conseguiu aplicar um sistema de jogo interessante, mas não se pode fazer passar sardinhas em lata por marisco de qualidade.

 

À fraca atitude de certos jogadores deve responder-se com dureza e mais uma vez batemos na mesma tecla: apostem na satélite. A segunda volta dos comandados de Carlos Guerra está a ser muito positiva e jogadores sedentos por oportunidades é exatamente o que esta equipa precisa. Mika Borges seria pior que Sodiqs e afins? Xavi não mostraria mais que Bernardo Martins?

 

Quanto ao jogo, só é preciso saber que o Penafiel raramente criou perigo… Mas o mesmo se pode dizer o Chaves. Um remate de José Gomes bloqueado por um defesa e um remate ligeiramente ao lado de Gamboa foram as “grandes” oportunidades do jogo e, sinceramente, o nulo é adequado, já que não soubemos nunca atacar a baliza em condições.

 

ONZES INICIAIS E SUBSTITUIÇÕES

 

Penafiel: L. Ribeiro, P. Coronas, F. Macedo, J. Paulo, O. Henrique, R. Sousa, Ludovic, Capela, Gleison (Kalika, 90’+2), M. Tavares (M. Machado, 61′), R. Tavares (J. Pires, 90’+5)

 

GD Chaves: R. Nunes, J. Correia (J. Batxi, 64′), H. Basto, D. Galo, J. Gomes, J. Gamboa (Platiny, 71′) J. Teixeira, Benny, B. Martins (W. Carvalho, 79′), S. Fatai, A. Luís

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