Foto: Lusa

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Valentes Transmontanos deixaram tudo em campo e conseguiram um triunfo fundamental no Algarve, sendo apenas a segunda equipa a ganhar em Portimão.

 

Foi preciso suar, foi preciso sofrer, mas o Desportivo de Chaves conseguiu voltar às vitórias após a goleada sofrida diante do FC Porto. Num jogo difícil, jogado mais com o coração que com a cabeça na parte final, o conjunto azul-grená conseguiu bater o favoritismo do Portimonense, que só perdera em casa diante do Boavista. Para este duelo essencial para a luta pela manutenção, Tiago Fernandes apresentou duas alterações em relação à derrota frente ao FC Porto, com Campi e Rúben Macedo a entrarem no onze, enquanto André Luís foi para o banco e Nuno André Coelho para a bancada.

 

O Desportivo começou focado, bem mexido e à procura da baliza adversária, com Costinha a rematar de primeira logo aos 3 minutos, respondido com uma defesa fantástica de Ricardo. A partir dos 20 minutos, o domínio flaviense começou a arrefecer, mas a procura pelo contra-golpe previa-se letal para os comandados de Tiago Fernandes e golo viria mesmo a surgir já perto do intervalo. Primeiro, aos 28′, Rúben Macedo ameaçou a baliza algarvia, mas aos 38′ foi Costinha que deu o golpe fatal: jogada fantástica de Rúben Macedo, que passou por tudo e todos até chegar à área adversária, dando a bola para o médio ex-Vitória FC que, ainda fora da área, atirou cruzado sem hipóteses para o guardião local.

 

Na segunda parte o Desportivo apareceu mais defensivo, algo desconcentrado e permitiu ao Portimonense procurar a baliza defendida por António Filipe, porém, sem qualquer sucesso da equipa de António Folha. Voltou a ser o Chaves a quase ter sucesso no contra-ataque, com uma boa jogada a acabar com Rúben Macedo na cara do guarda-redes Ricardo, mas o extremo não conseguiu bater o guardião algarvio. Seguiram-se dois lances de Luther Singh, primeiro com um remate desenquadrado e depois com um remate perigoso, após uma corrida de 30 metros sem chuteira e um remate de pé… descalço.

 

Os lances de perigo do extremo sul-africano foram mesmo os últimos do Desportivo nos últimos 15 minutos, com Tiago Fernandes a jogar pelo seguro e consolidando a defesa, acabando com três centrais (Maras, Campi e Calasan) e dois trincos (Sen e Jefferson) nos últimos minutos. Até ao final foi preciso jogar com o coração, com os lances de perigo a multiplicarem-se do lado do Portimonense e o chuveirinho a ser estratégia de Folha, com os nervos a levarem a picardias e ânimos mais exaltados entre os jogadores. No final, a vitória não fugiu aos Valentes Transmontanos, que largam a lanterna vermelha pela primeira vez desde a 10ª jornada da Liga NOS.

 

Declarações dos intervenientes

 

Tiago Fernandes: “Parabéns aos jogadores que lutaram até à exaustão e à direção que nos dá condições. É importante fazermos uma reflexão de que não foi fácil, após algumas mexidas conseguimos ganhar três dos últimos jogos. Não é uma vitória que nos vai fazer achar que somos os melhores, continuamos com os pés assentes no chão. O segredo? Anular o ataque do Portimonense, tem jogadores com qualidade mas nós conseguimos contrariar o adversário e partir em contra-ataque.

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